Thursday, May 24, 2007

SEM SAUDADE DO TEMPO DOS CASSETES...


Recentemente acompanhei as palestras e discussões do Seminário Internacional: A Constituição do Comum, que ainda está acontecendo no Porto de Vitória até amanhã. Como o foco do evento era basicamente comunicação e cultura, com uma forte referência na internet como novo suporte comunicativo, a questão dos discos virtuais e do mp3 não poderiam ter passado em branco.


Não sou vidente, não quero desvendar o futuro e nem pensar novas estratégias para o mercado musical. Deixo essa complicada tarefa nas mãos de quem ganha dinheiro com isso. Eu, como observador profissional das transformações históricas destes tempos frenéticos, também não pude deixar de olhar para trás com certo deleite, mas sem nenhuma saudade. Deixei-me transportar para éras muito menos distantes do que nosso ritmo nos faz sentir. Quem aí do outro lado da tela se lembra da época dos velhos cassetes? Não que eu seja tão velho, mas aos 10 anos de idade eu já entendia que a minha relação com o rock era algo bem mais que casual. Naquele tempo, as coisas pareciam envelhecer mais vagarosamente. O canal que tínhamos para descobrir coisas novas eram os amigos com um gosto mais ou menos parecido. Daí vinha um CD ou outro de rock que alguém encontrava no meio das coisas dos pais e resolvia dividir com a gurizada. Geralmente um Cazuza, ou um Titãs. Não seria de se estranhar caso, em meio ao nosso grupo de garotos nascidos a partir de 1984, houvesse alguém que fora concebido ao som de uma balada do Lulu Santos executada num rádio de automóvel. Ironicamente, nós reagiamos àquilo como se tudo fosse novo.


Após pegar vários daqueles CD's emprestados com os colegas de sala, entrava em ação um ator muito importante e conhecido na minha primeira fase musical: a fita cassete. Eu até que ganhava alguns discos da minha mãe de ano em ano, no aniversário ou no natal. Mas aquilo era insuficiente para aplacar minha vontade de conhecer coisas novas que não constavam nas prateleiras de discos dos meus pais. O jeito era comprar remessas de vitinhas K7, que custavam pouco mais de dois mangos em qualquer loja de discos do interior. Pensando com a cabeça de dez anos depois, é até um pouco contraditório que as tais fitinhas fossem vendidas em lojas de CD's. Todos sabiam que o primeiro era comprado pra reproduzir o segundo. De qualquer forma, naquela época ninguém parecia esquentar a cabeça com isso.


Chegando em casa o ritual era simples. Tão simples que torna desnecessária qualquer tipo de descrição. Bem, eu era um garoto do interior. Para mim, na segunda metade da década de 1990, esse método medieval ainda era bastante comum. Com o tempo, as fitinhas iam se amontoando dentro dos nossos guarda-roupas. Houve uma época em que podia-se encontrar de tudo dentro do meu. De Robbie Zombie (sim, eu escutava essa merda!) a Legião Urbana (sem comentários, para não ofender terceiros...). Na minha escola não eram muitos os que gostavam de rock. Um grupinho bem pequeno usava camisas de bandas e roupas pretas. Esses doidões “conspiravam” contra a ordem vigente entre um biscoito e outro no intervalo do recreio. Nem as garotas davam muita atenção pra gente. Éramos estranhos. De vez em quando alguém chegava com uma parada nova apresentada por um primo mais velho da capital e o resto fazia fila para pegar emprestado e gravar. Às vezes esse primo era metaleiro, às vezes era punk, e por aí nós juntávamos um acervo claramente heterogêneo. Não havia preconceito musical, mas também não havia senso crítico. Com a chagada dos 2000, as coisas mudaram um pouco pra mim. Mudei de colégio, de amigos e de ambiente. Sem perceber também tinha descoberto que nem tudo que é rock tinha que ser legal, mérito do Robbie Zombie talvez, não sei. O fato é que a última página desse capítulo da minha formação musical foi virada quando descobri um “negocinho maneiro” chamado Hardcore. Essa é outra história.


Acho que nunca tive hábito de comprar CD. Na época acho que não tinha grana mesmo. Não que o mp3 não tenha revolucionado minha vida. Ainda na época dos K7's seria impossível ter esbarrado bandas como ActionReaction ou Modest Mouse. Alguém por aí tem um disco do ActionReaction? Ou ainda, alguém conhece alguém que tenha um disco do ActionReaction? Em Vitória pelo menos eu tenho certeza que ninguém tem. Não tenho saudades do mundo pré mp3. Para juntar todo material que tenho hoje eu precisaria de uma fortuna ou, pelo menos de 100 guarda-roupas para estocar tanta fitinha. A cópia de material sempre existiu. Ela sempre esteve alí bem diante dos olhos de todo mundo e vinha acompanhada da realidade dos custos dos discos, principalmente no Brasil. A Internet transformou o que era P.A. em P.G. e, de quebra, deu início a toda essa discussão sobre direitos autorais. Resultou realmente na crise da indústria fonográfica tradicional, porque agora fulano não tem mais que morar do lado da minha casa para eu copiar material dele. De qualquer forma não vou falar aqui sobre Cauda Longa, entre outras discussões mais teóricas. Um texto tão longo já é suficientemente chato por si só.


O Álcool & Prozac distribui música digital de forma ilegal? Sinceramente, acho que o blog é mais fiel é mais generoso do que todas as lojas de discos do mundo. Aqui nós repassamos 100% dos nossos lucros para os artistas cujas obras são disponibilizadas para download neste espaço. Façam suas contas rapazes: 100% de p**** nenhuma é...?!?!?

Wednesday, May 23, 2007

Festival Universitário de Música Experimental Independente


Nos tempos em que o Festival de Alegre é cada vez menos festival e os locais para shows na cidade de Vitória se tornam cada vez mais raros e despreparados, uma boa idéia acaba se tornando alternativa para preencher a lacuna existente entre o público e artistas e compositores locais.


O nome é excêntrico e já chama atenção por si só. O Festival Universitário de Música Experimental Independente (FUMEI), que acontece a partir de amanhã na Universidade Federal do Espírito Santo e vai até domingo, tem tudo para entrar de vez para a agenda cultural da cidade. O evento é organizado pelo Diretório Central de Estudantes da Universidade (DCE-Ufes).


O Festival será uma grande oportunidade para que o público de Vitória entre em contato com a música feita em seu território. Além de premiar com a gravação e edição de um DVD a banda mais bem avaliada pelo júri especializado, o evento servirá para divulgar a música independente do Estado, carente de canais sérios de diálogo com o grande público local.


Até o dia 18 de maio, o número de grupos inscritos chegava a um total de 46 bandas. Elas se apresentarão em três fases eliminatórias. A cada dia serão selecionados três finalistas, restando nove grupos para a final de domingo. O júri especializado encarregado de selecionar a melhor banda do FUMEI será composto por professores dos cursos de música da Ufes e da Fames, juntamente com outros dois profissionais do ramo musical. Além disso, irá a júri popular a escolha da melhor música do festival, que será premiada simbolicamente. Outras bandas e artistas capixabas se apresentarão durante todos quatro dias do evento. Confira programação abaixo.


Além das eliminatórias e demais apresentações, o público que comparecer ao campus da Ufes de Goibeiras nesta quinta e sexta-feira poderá assistir a duas palestras. A primeira palestra será com o pesquisador, produtor musical e artista gráfico Fábio Henriques Giorgio, autor do livro Na Boca do Bode – Entidades Musicais em Trânsito. Na sexta-feira, é a vez de Régius Brandão, profissional de teatro há 30 anos, falar um pouco sobre a relação do teatro, da arte e da música com o público.


Para quem ainda não se inscreveu em alguma das oficinas de forró, estêncil, malabares, pirofagia ou dança do ventre, que acontecerão no sábado, a partir das duas horas, é bom se apressar. As inscrições rolam até hoje na sede do DCE, no Campus de Goiabeiras.

PROGRAMAÇÃO


dia 24
mesa de abertura - 14 horas
palestra com Fábio Giorgio de SP às 15h30
no auditório do CCJE
noite - 1° eliminatória
dia 25
palestra sobre relação do teatro, música, cultura e arte com o público - 15horas
noite - The boys Boys
2° eliminatória
Baia (do DVD baú do raul) junto com Símios
dia 26
a partir das 14 h - oficinas
noite - apresentação de espetáculos de dança e teatro
3° eliminatória
Trio Lubião
dia 27
noite -Tributo a chico buarque - grupo de música da ufes
final
Solana


Monday, May 21, 2007

REVISITANDO A OBRA DO PEQUENO PRÍNCIPE


Entre os anos de 1966 e 1970, o Pequeno Príncipe abandona o reino da Jovem Guarda e embarca nos cometas da psicodelia.


Provavelmente, as pessoas da minha geração (nascidos ao longo da década de oitenta) tenham relacionado em sua cabeça o nome de Ronnie Von com os delírios insandecidos e suspiros apaixonados de nossas tias-avós. De fato, Ronnie ostenta e, de certa forma, tem sua imagem impregnada pelo título de galã-mor da Jovem Guarda. Ao lado de Roberto Carlos e companhia, o cantor fez história em meio aos refrões fáceis estilo iê-iê-iê e regravações “aportuguesadas” dos Beatles.


Há quem associe o nome Ronnie Von com as canções de forte apelo romântico-popular – “brega” mesmo, para os menos chegados a eufemismos. O próprio cantor, em recente declaração à revista Carta Capital, se revelou não muito criterioso na escolha de seu repertório, que na maior parte das vezes era definido realmente pelo setor de marketing de sua gravadora.


O que ainda é pouco conhecido do grande público é uma outra nuance do artista, justamente a considerada mais significativa pela mídia especializada. Na fase compreendida entre os anos de 1966 e 1972, Ronnie Von se dedicaria a alguns projetos com um conteúdo bem diferente daqueles que marcaram sua carreira durante a Jovem Guarda. Na segunda metade da década de 1960, mesmo os Beatles já haviam embarcado em outra viagem (!). O quarteto inglês adotou um som bem mais psicodélico, carregado de experimentalismos. Nessa época surgiram grandes refêrencias para o estilo, verdadeiras pérolas como o Álbum Branco, lançado em 1968. Ronnie Von também chegou a transitar por essas áreas mais progressivas. É o que mostra a trilogia relançada recentemente pela Universal, que conta com dois discos homônimos (lançados em 1966 e 1968) e o disco A Máquina Voadora, de 1970. O primeiro com muitas regravações dos Beatles; o segundo com os dois pés afundados na psicodelia; e o terceiro já retomando o galã romantico da Jovem Guarda, mas ainda com muitos traços da ousadia e experimentalismo dos dois trabalhos anteriores.


Ronnie Von – um rapaz bem nascido, amante de jazz e apreciador de bons vinhos – deu prosseguimento a sua carreira popular, de forte apelo comercial, mas ele mesmo não poderia imaginar que sua fase mais inquieta seria revisitada por uma grande gravadora, 40 anos depois. Esses três discos tiveram uma grande procura por parte de “jovens roqueiros” que passaram a cultivar um grande interesse pela fase mais “underground” do cantor.


O Tributo


Ronnie Von chegou a tocar com Rita Lee e os Mutantes na década de 1960, em seu programa na TV Record. Ao que parece, ele continua inspirando novas gerações de bandas de rock. Prova disso é o mais novo Tributo ao Ronnie Von, dirigido de forma independente pela jornalista Flávia Durante. O projeto consiste em em um disco virtual de dois volumes com músicas da fase psicodélica de Ronnie interpretadas por novas bandas de rock. “Há participações de bandas de todo Brasil, do Pará ao Rio Grande do Sul, o que prova que a obra de Ronnie Von atrai o interesse de vários fãs de boa música. E todos interessados em colocar o nome do artista em seu devido lugar na história do rock brasileiro”, esclarece Flávia, em um texto do site oficial do projeto.


Todas as músicas podem ser baixadas gratuitamente pelo site “Tudo de Novo – Tributo a Ronnie Von”. Confira lá as faixas e outros detalhes sobre a coletânea. Acompanhe também o blog dedicado ao projeto. Lá você terá acesso a um extenso arquivos de clipping a respeito do cantor, detalhes sobre as bandas participantes e algumas entrevistas em vídeo com o próprio Ronnie.

A Trilogia Psicodélica

Confira abaixo os links para download das três obras lançadas por Ronnie Von nos anos de 1966, 1968 e 1970. Estes foram os discos relançados recentemente pela Universal. Os três discos são produzidos por Arnaldo Saccomani. Isso mesmo! Aquele tiozinho razinza que também é jurado do Ídolos.

Ronnie Von (1966)

Das 12 faixas deste álbum, sete tem seus originais assinados pela dupla Lennon e McCartney. Este é o primeiro dos discos da fase psicodélica de Ronnie e deixa clara a influência exercida pelos Beatles nos próximos discos do cantor. O hit "carro-chefe" do disco homônimo de 66 foi "Meu Bem", uma versão de "Girl" dos Beatles. Nele você também encontra uma versão de "As Tears Goes By" dos Rolling Stones, com o título de "Meu Pranto a Deslizar".


Ronnie Von (1968)

Tido como o auge desta fase experimental de Ronnie Von, é no disco de 68 que o cantor entra de cabeça na psicodelia. O disco propõe uma ruptura e um tédio declarado em relação às diretrizes da música comercial brasileira da época. Destaque para as excelentes "Espelhos Quebrados" e "Sílvia, 20 Horas, Domingo".


A Máquina Voadora (1970)

Este é o disco que marca a volta do cantor romântico e comportado da Jovem Guarda. Nele o experimentalismo dos discos anteriores não desaparece, mas se encontra misturado a um conteúdo mais convencional e condizente com a carreira adotada nos anos seguintes.


É importante ressaltar que, embora seus originais sejam vendidos hoje por "pequenas fortunas" por colecionadores aficcionados, na época os três discos provocaram o descontentamento da gravadora que os julgava nada atraentes sob o ponto de vista comercial.




Thursday, May 10, 2007

Na trilha do independente...

A banda capixaba Antemic dá prosseguimento aos preparativos de seu próximo trabalho, esperado para o segundo semestre deste ano.


Antemic, ainda com o baixista Arthur Navarro (último da direita). Foto "roubada" do fotolog da banda.



Com mais de três anos de história e muita poeira da estrada na bagagem, o Antemic passa atualmente por uma fase de importantes decisões a respeito de sua trajetória. Do lançamento do primeiro EP homônimo até aqui, a banda passou por diversas mudanças em sua formação original. A última, no início deste ano, resultou na saída de um de seus fundadores, o baixista Arthur Navarro. Para o seu lugar foi escalado Léo que, entre outros projetos, faz parte das bandas Volume 7 e Take Me. O Antemic passou ainda por uma série de shows com músicos convidados e agora, tendo finalmente sua nova formação 100% reunida, começa a rever antigos projetos e caminhos a seguir. Entre eles, está o lançamento do próximo trabalho. Com algumas músicas já preparadas, a banda planeja voltar ao estúdio para mais algumas gravações que possivelmente resultarão no seu primeiro disco inteiro. Já não era sem tempo! Inicialmente, o disco deverá sair pelo selo independente paulista Highlight Sounds.


O Antemic já rodou por todos os estados da região sudeste, conquistando reconhecimento por onde passa. Apesar da vista grossa da mídia generalista capixaba em relação ao que acontece em seu próprio quintal, o repertório apresentado nos shows e o material gravado até agora têm potencial para firmar a banda como um dos nomes mais fortes da música independente feita no Espírito Santo e, quem sabe, conquistar o restante do país. Duvida? Então confira algumas músicas que farão parte do disco na playlist do A&P.


Fugindo de rótulos


Definições são sempre um caminho sinuoso para qualquer jornalista. Quase sempre o que se consegue é contrariar todos os fãs e também os artistas. Tratando-se do cenário musical contemporâneo, acredito que as dificuldades sejam ainda maiores. As novas tecnologias possibilitam a diversidade sonora e o intercâmbio entre diferentes artistas de diferentes localidades. A facilidade de acesso torna a música policromática e os rótulos perdem a validade na velocidade de um click. O Antemic é mais uma das bandas que dispensa rótulos. Apesar de ter os dois pés fincados no punk rock/hardcore melódico do fim dos anos noventa, os quarteto de Vitória se vale de influências como Hot Water Music, Foo Fighters e The Used para transpor os limites dos power chords e riffs oitavados característicos do hardcore californiano.


De qualquer forma, a banda rejeita o caminho fácil, aberto por grupos como NX Zero, Fresno e CPM22 na grande mídia especializada do país. Apesar de apresentar uma gênese sonora que passa por influências básicas comuns, o caminho escolhido os distancia completamentamente do gênero definido como “emo” pela grande mídia. “O Fábio Júnior já fez sucesso, então alguém resolveu pegar o som do Fábio Júnior e colocar um pouco de distorção no fundo. Essa proposta definitavemente não nos interessa”, alfineta o guitarrista Zé Neto, em entrevista ao Álcool & Prozac.


Não espere choramingos, cigarro metolado ou crises existenciais pré-adolescentes. A intensidade neste caso é fruto de rock'n'roll sincero, sem pieguices e lugares-comuns. Como liberdade e personalidade não combinam necessariamente com sucessos de vendas para o mercado nacional, o caminho até o “mainstreem” não é dos mais fáceis para quem não se adequa facilmente aos padrões.


O difícil caminho da música independente (sobretudo no Espírito Santo)


Dificuldade não é novidade para as bandas que procuram algum tipo de sobrevida no circuito independente de Vitória. Além das críticas em relação à estrutura para shows e ao despreparo dos veículos de comunicação locais, os cachês insuficientes e a falta de apoio já contribuiram para que fosse jogada a última pá de terra sobre muitas bandas boas que surgiram por aqui. De acordo com o guitarrista do Antemic, Alexandre, as turnês realizadas pela banda são muitas vezes deficitárias e o ambiente local também não permite vislumbrar um bom horizonte, a curto prazo.


A despeito de todas as dificuldades o A&P deseja sucesso e vida longa a todas as bandas que trilham esse caminho. Enquanto isso, o Antemic se revigora com o fôlego novo de seus novos integrantes para continuar, como tantas outras bandas, perseguindo seus moinhos de vento.




Estou disponibilizando uma pequena entrevista realizada com a banda para o Telejornal Laboratório do Curso de Comunicação da UFES. Lembrando que a qualidade ainda não é das melhores pois a entrevista foi feita de maneira independente, com filmadora digital e sem uma grande produção. Fiz uma pequena edição, um pouco superficial para adequar aos 2 minutos de espaço concedido no Telejornal Rascunho da Universidade. Agradecimentos especiais ao meu grande amigo Vitor Taveira (que ajudou com as filmagens) e ao monitor do LabCom, Mauro, pela força nas edições. Espero que gostem.