NOVIDADES
Algum de vocês já se sentiu com aquela sensação de ter assumido mais responsabilidades do que poderia. Aquele desejo estranho de que o dia tivesse algo em torno de 36 horas, ou mesmo, pior que isso, a certeza de que se assim fosse ainda faltaria tempo para uma porção de coisas. Isso não é uma justificativa para a minha demora em atualizar o conteúdo do Álcool & Prozac. Acredito que as pessoas que acompanham o blog já devam estar bem acostumadas com o meu cronograma irregular. Eufemismos à parte, a verdade é que, se eu não tivesse mais nada para fazer, ainda assim não publicaria com mais regularidade do que o de costume.
O fato é que, mesmo entre suas atualizações, o Álcool y Prozac não pára. Estive pensando em uma nova utilidade do blog e acredito que isso vai agradar as pessoas que buscam o A&P para conhecer novas bandas e discos. Nada que venha escrito nessas linhas pode substituir a apreciação do som das bandas aqui mencionadas, e é por isso que começo a partir de hoje a disponibilizar links para downloads de discos citados nos textos. Os links ficarão na coluna esquerda da página junto com as capas dos discos. Espero que vocês gostem da idéia. Serão links do rapidshare e megaupload em que o usuário poderá baixar gratuitamente o trabalho dos artistas recomendados.
Mp3 e a música livre
O Mp3 (MPEG audio layer – 3) é um formato compacto de música para execução digital. A invenção deste formato é creditada ao Institut Integrierte Schaltungen (IIS), da Alemanha, juntamente com a Universidade de Erlangen e remota ao ano de 1987. A revolução consiste na forma com que o arquivo de música neste formato fica mais leve, mais fácil de ser compartilhado e armazenado. Esse resultado é obtido porque a conversão de WAV para Mp3 resulta na eliminação de todos os sinais sonoros inaudíveis aos humanos. Clique aqui e saiba mais sobre a história do Mp3
Não precisa nem dizer que o surgimento desta tecnologia causou/causa grande dor de cabeça aos chefões da industria fonográfica. Quem não se lembra da grande confusão enolvendo o Napster, há alguns anos atrás? O Napster foi o primeiro software de troca de música digital da web. Com o seu inevitável sucesso, vieram dezenas de processos, capitaneados inclusive pelo baterista do Metallica, Senhor Lars Ulrich. O software perdeu e acabou tendo que tirar do seu catálogo todas as canções protegidas por direitos autorais, ou seja, quase todas. Mas a vitória não resultou em muita coisa além da queda da popularidade do Metallica entre os fãs de todo o mundo, muito tempo e dinheiro perdido por parte das gravadoras e distribuidoras. Com a queda do Napster, surgiram outras centenas de programas de compartilhamento de arquivos. A ampliação contínua das possibilidades tecnológicas na internet também criou outras alternativas para quem curte música digital.
Apesar de polêmico, o Mp3 é uma realidade inquestionável. Mesmo muitos artistas têm utilizado o formato para divulgar seus trabalhos, principalmente no meio independente.
Pessoalmente acredito muito no potencial do Mp3 de revolucionar a música. Os principais interessados na venda de discos acusam a troca de arquivos desse tipo de pirataria. É até engraçado diante dos preços cobrados pelos discos. Em países como o Brasil, a maior parte da população não pode pagar por um disco nas lojas. Mas isso é discussão batida. Há algum tempo atrás, um artista só poderia viver dignamente se fosse “adotado” pelas grandes empresas do indústria fonográfica. Esse processo não raramente vinha acompanhado de inúmeras concessões artísticas em nome do potencial comercial das obras. Hoje o Mp3 se tornou uma forma eficaz de distribuição e promoção musical. Novas bandas surgem a todo instante na rede e conseguem certo prestígio no meio underground. Como no caso do Dead Fish, são as gravadoras que correm atrás dos músicos. A música ganha com isso. Um exemplo são os dois discos excelentes lançados pela Deckdisc. Ser independente hoje é uma opção, graças às facilidades da tecnologia digital.
Ainda não é uma maravilha, mas os ganhos do todo compensam as perdas de alguns. O que está em jogo não é o destino do disco. A magia de um trabalho completo, com encarte, produção gráfica, não morre. Recomendo a quem possa e queira que não deixe de comprar discos e prestigiar artistas que respeitem e admirem. A título de conhecimento e divulgação, os álbuns virtuais estão a disposição. Espero que vocês gostem e abro espaço para pedidos e sugestões. Valeu!
1 comment:
Fala, Nego Zeh!
Então, eu acho que a internet só tem a acrescentar, tanto para o jornalismo como para os músicos. Os últimos anos realmente vêm sendo de transformação em praticamente todas as áreas.
E o Ricardo Alexandre está novamente com um puta papel no jornalismo musical brasileiro, ele é o atual editor da BIZZ.
Legal que você tenha gostado do Meio Desligado. Vc tem que atualizar o AeP mais, rapaz!
E o lance dos links dos álbuns é mesmo uma boa. no 30 secs to mars, esqueceu de mencionar que o jared leto, vocalista da banda, é um astro de hollywood, inclusive trabalhando em grandes produções como o ótimo Clube da Luta e o mediano O Senhor das Armas.
É isso, vamos manter contato!
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